Amigos, o Migs sou eu!
Não sei como surgiu este diminutivo, mas é certo que se colou a mim há anos. E convém deixar claro, desde já, que o Migs não é o Miguel.
O Miguel é o estudante que ainda nasceu no século passado. O Migs é o viajante que não sabe definir a data em que nasceu. Foi crescendo, de aventura em aventura, pelos quatro cantos do mundo. O Migs é o resultado de aprendizagens culturais dos antípodas aos vizinhos mais próximos. O Migs volta mudado. Deixa uma parte de si lá, onde quer que seja e sempre com alguém. Mas mais importante, o Migs nunca regressa a cem por cento. Ele vê, ouve, cheira, toca e sente. Ele vive o momento. Os lugares. As pessoas.
É nessa viagem que quero embarcar convosco. Quero-vos apresentar pessoas, lugares e momentos, levar-vos comigo onde vocês quiserem ir. O nosso ponto de encontro será sempre aqui, n’ O MIGS.
Em 2018, o Migs viveu quatro meses no outro lado do mundo, em Seul, capital da Coreia do Sul, numa época em que as relações dos países da península coreana davam azo à imaginação de um futuro diferente.
O Miguel – já quase que me esquecia… – além de ser um lisboeta nos seus “vintes”, é licenciado em Comunicação Social e gosta de escrever, fotografar, conhecer pessoas e lugares, de jogar ténis, estar com os amigos e é um tagarela de primeira. Quando o assunto é viagens, empresta o passaporte ao Migs.
Por isso, e para que não se esqueçam, assino sempre,
M I G S
◊ PERGUNTAS E RESPOSTAS ◊
1. Qual é a tua região do mundo predilecta? Porquê?
R: O Médio Oriente, sem dúvida. É capaz de ser a área geográfica a que se atribuem mais estereótipos e preconceitos e, por isso, qualquer viagem a esta região é uma aventura de descoberta de uma realidade totalmente dissociada com as ideias preconcebidas.
2. Migs, consegues eleger um top 5 de países favoritos até hoje?
R: É sempre complicado, porque há factores que não são passíveis de comparação. Ainda assim, e sem estarem ordenados por preferência, arrisco nos seguintes: Islândia, Itália, Omã, Japão e Cuba.
3. E se for o top 5 de cidades?
R: Neste caso, nem preciso de pensar duas vezes. São Roma, Kyoto, Beirut, Cairo e Havana.
4. Se pudesses escolher uma gastronomia para ser a base da tua alimentação diária, qual seria?
R: Pergunta complicada… gosto muito da comida europeia mediterrânea no geral, de Portugal à Grécia. . Ainda assim, confesso que onde me sentei à mesa com mais prazer foi no Líbano.
5. Viveste uns meses em Seul, na Coreia do Sul, em regime de intercâmbio universitário. Porquê a Coreia do Sul?
R: O propósito foi simples. Dos sítios disponíveis, era o mais longe de Portugal. Estava por minha conta, não iria haver hipóteses de matar as saudades todos os fins-de-semana, e se tivesse problemas não iria ter nenhum familiar por perto imediatamente. Tinha de me “fazer à vida” porque dependia exclusivamente de mim.
6. Aconselhas?
R: O quê? A Coreia do Sul ou a experiência de viver num outro país? Se for viver no estrangeiro, no seio de uma cultura totalmente diferente da nossa, aconselho vivamente. Quanto à Coreia do Sul, confesso que fiquei com sentimentos confusos e opostos. Acho que será um grande país daqui a umas décadas, mas por enquanto, tem que ultrapassar alguns obstáculos sociais. É um país onde a mentalidade da generalidade dos seus habitantes, não acompanhou o progresso e desenvolvimento económico e tecnológico.
7. Davam-te três bilhetes de avião. Para onde ias?
R: Como África é o continente que conheço pior, escolhia três países africanos. À cabeça escolhia Madagáscar. Não sei de onde surgiu o interesse por este país, mas é um dos países que mais gostaria de conhecer. Depois Moçambique e acabava na Namíbia.
8. Qual é o teu meio de transporte de viagem preferido?
R: Sou um nerd da aviação, por isso acho que a resposta é lógica. Adoro andar de avião. Tenho pena que um voo de duas horas seja tão rápido e não me chateio minimamente se tiver de passar treze horas seguidas a bordo. Sou fascinado por aquelas máquinas. Quero sempre experimentar novas companhias aéreas e se puder viajar em modelos de avião em que nunca viajei, melhor. Esta resposta em nada invalida o facto de adorar a liberdade que uma boa road-trip traz à viagem.
9. Então qual foi a tua viagem de avião preferida até hoje? Diz-nos a companhia aérea e o modelo em causa!
R: Lembro-me como se fosse hoje. O voo de Bruxelas para Tokyo-Narita a bordo de um Boeing B787-9 da All Nippon Airways (ANA). A companhia aérea optou por privilegiar o conforto dos passageiros e por esse motivo, os assentos da classe económica tinham o espaço equivalente às Business Class de muitas outras companhias aéreas. O serviço foi excepcional e o Dreamliner da Boeing é, sem dúvida, um sonho.
10. Viajar sozinho ou acompanhado?
R: Sempre acompanhado, mas a liderar o grupo. Tenho a mesma liberdade que teria se viajasse sozinho e tenho sempre alguém com quem partilhar a experiência e mais tarde recordar em conjunto. Liderando um grupo, faço tudo o que faria se viajasse sozinho, não descurando o contacto com locais.
11. O que é para ti viajar?
R: Não quero cair em clichês e lugares comuns. Claro que é descobrir-nos melhor, entender novas culturas, quebrar preconceitos e ser feliz. Mas são sempre razões muito pessoais que nos levam ao local A ou B, por isso cada um faz da viagem o que for melhor para si. Para mim, não há a pessoa que sabe viajar melhor do que a outra. Sim, pessoalmente, acho que a distinção viajante e turista não existe. Acho-a uma criação elitista e sem pés nem cabeça. Só há uma regra. Deixar o mundo igual ou melhor ao que encontrámos e só é mau viajante ou turista, aquele que não a cumpre.
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