⊗ Actualizado a 26 de Abril de 2020
Procuras histórias e relatos sobre viajar na Coreia do Sul? Nesta página, encontras importantes informações, várias dicas e o meu roteiro de viagem pela Coreia do Sul (país onde vivi), para uma preparação segura e confiante, que te levará ao melhor do país!
Conteúdo
- Artigos do Blogue
- Introdução
- Informações Gerais
- Itinerário
- Dicas de Viagem
◊ ARTIGOS DO BLOGUE ◊
Como mencionado na política editorial do blogue – que pode ser lida no Guia para perceber O MIGS – um dos principais focos é a partilha e divulgação de histórias, experiências e aventuras em formato literário, o que não impede que se adicionem informações de carácter utilitário.
Assim, basta clicar AQUI para ler todos os artigos publicados, até ao momento, sobre a Coreia do Sul.
◊ INTRODUÇÃO ◊
A Coreia do Sul é um país localizado no continente asiático, na região denominada de Extremo Oriente. A sua capital é Seul, uma das maiores metrópoles do mundo, cuja área urbana acolhe cerca de 25 milhões de pessoas, metade da população total do país.
O Migs viveu na Coreia do Sul durante cinco meses, entre Agosto e Dezembro de 2018, fruto de um programa de intercâmbio universitário.
Com uma História conturbada, entre anexações, invasões e divisões profundas, a República da Coreia trilhou o seu próprio caminho até se tornar num dos mais prósperos países do continente asiático. O seu território dispõe de uma peculiar diversidade de paisagens e climas, aliando cidades vibrantes a tranquilos e dinâmicos parques nacionais, sem esquecer as magníficas ilhas, com destaque para Jeju.
◊ INFORMAÇÕES GERAIS ◊

◊ ITINERÁRIO ◊
Tendo vivido cinco meses na Coreia do Sul, não delineei um plano prévio para visitar e explorar o país. Assim, posso apenas indicar o que faria em caso de visita turística ao país.
Considero crucial dividir a Coreia do Sul em três grandes pólos: i) a área metropolitana de Seul; ii) a área metropolitana de Busan; iii) a ilha de Jeju.
i) Área Metropolitana de Seul (AMS)
Aconselho a que se passe uma semana na AMS, pois além da própria dimensão da cidade exigir algum tempo para visitas, os próprios arredores da capital ocupam no mínimo dois dias.
Em Seul, a cidade dos palácios, são imperdíveis os cinco palácios que ao longo dos séculos acolhiam a família real coreana, com particular destaque para o palácio Deoksugung, o palácio Gyeongbokgung e ainda Changdeokgung. Os mercados principais da cidade também são ponto de passagem obrigatória, com enfoque nos mercados tradicionais de Namdaemun, Noryangjin e Gwangjang, além do mercado de rua nocturno de Myeongdong. A subida ao monte Namsan, com a opção adicional de subir a N-Seoul Tower, permite uma vista panorâmica da metrópole e aproveitar um dos maiores espaços verdes da cidade.
Do outro lado do rio Han, a área ribeirinha de Jamsil a Gangnam é por si só um must para passeio, onde se pode desfrutar de espaços ao ar livre como o Olympic Park ou o Olympic Sports Complex, admirar o quinto arranha-céus mais alto do mundo – Lotte World Tower (556 metros) – e ainda entrar em templos budistas – Bongeunsa – ou em bibliotecas deslumbrantes – COEX Starfield Library.
À noite, Hongdae, Gangnam e Itaewon são as principais áreas de animação, com espaços agradáveis ao ar livre e algumas das discotecas mais conceituadas do mundo.
Nos arredores de Seul, o leque de actividades proporcionado é vasto. Aconselho vivamente o percurso dos trilhos das montanhas de Bukhansan (em época em que se encontram abertos – fecham no Inverno) e uma ida às cidades de Incheon e Suwon. A partir de Incheon pode-se aceder às várias ilhas ao largo da costa, onde no Verão se podem aproveitar as praias.
Por fim, a visita à DMZ, a zona desmilitarizada junto à fronteira com a Coreia do Norte, com particular interesse na JSA – Joint Security Area. Esta visita está condicionada à disponibilidade dos agentes turísticos autorizados, podendo ser cancelada por motivos alheios à sua responsabilidade.
ii) Área Metropolitana de Busan (AMB)
A AMB é substancialmente mais pacata do que a de Seul, contudo as atracções turísticas encontram-se a distâncias relativamente grandes entre si. Pessoalmente, considero que é possível de se compreender melhor o estilo de vida coreano na cidade de Busan, tendo-a achado também cosmopolita, mas mais autêntica.
Destaco a Gamcheon Culture Village, um gueto que acolheu os militares e refugiados da Guerra da Coreia na década de 50 e que foi reconvertida num centro de arte urbana, revitalizando a essência do espaço. Os mercados também são imperdíveis, nomeadamente o mercado de Jagalchi – o maior mercado de peixe da Coreia do Sul. Também único em todo o país, o templo Haedong Yonggungsa, à beira-mar, é um cenário idílico e aprazível. Ainda dentro da cidade, o Cemitério Memorial das Nações Unidas, com referência ao conflito inter-coreano, é um marco de passagem obrigatória. Por fim, as praias urbanas de Haeundae e Gwangalli são os locais perfeitos para descansar e escapar à agitação citadina de Busan.
A norte da segunda maior cidade sul-coreana, toda a região que se estende até Pohang, com destaque para Gyeongju é o local histórico de eleição em todo o território.
iii) Ilha de Jeju
A ilha de Jeju é a menor província do país. Com 1847 km2, situa-se a sul da península coreana, entre o mar Amarelo e o mar da China Oriental.
É um dos principais destinos de férias dos sul-coreanos, oferecendo paisagens deslumbrantes, natureza luxuriante e praias de água quente e transparente. Apesar de não o ter feito, considero que o aluguer de carro pode ser uma mais-valia.
Os pontos de destaque da ilha são, naturalmente, as cascatas – Jeongbang, Cheonjeyeon e Cheonjiyeon – localizadas a sul, perto de Seogwipo. Num dia soalheiro, a subida ao monte Hallasan, o vulcão no centro da ilha, permite uma vista deslumbrante da envolvente (a subida ao cume do vulcão tem de ser iniciada cedo, pois após uma determinada hora, o acesso à fase final do percurso encerra). Uma ida à praia de Hyeopjae, a mais bonita da ilha, é obrigatória. Por fim, a ilha proporciona, ainda, um percurso aventureiro pelos túneis de lava, considerados património da UNESCO, bem como a descoberta das mulheres mergulhadoras, de nome Haenyeo, que mantêm esta tradição secular intacta.
◊ DICAS DE VIAGEM ◊
Segurança
- À data em que estive na Coreia do Sul (Agosto 2018 a Dezembro 2018), as condições de segurança nos locais onde estive eram óptimas;
Transporte
- A rede de transportes públicos na Coreia do Sul é bastante satisfatória e completa em termos de diversidade;
- O KTX é o sistema de transporte ferroviário de alta velocidade e cobre uma vasta extensão do território, ligando todas as principais metrópoles;
- Em Seul e Busan, o metro é de fácil acesso e a melhor opção para deslocações, tendo Seul uma das maiores redes de metro do mundo. Em ambas as cidades, os aeroportos estão ligados aos centros urbanos por metro, autocarro e comboio;
- Em caso de aluguer de carro, atenção às sinalizações e à condução dos demais condutores. Em cruzamentos, os semáforos estão muitas vezes situados do lado oposto;
Dicas Gerais
- A amplitude térmica na Coreia do Sul é enorme. No Verão, as temperaturas podem chegar aos 40ºC, ao passo que os Invernos são frios e rigorosos, com os termómetros a baixarem dos -20ºC. As melhores épocas para visitar o país são as estações intermédias, de forma a evitar temperaturas extremas e as monções no Verão;
- A Coreia do Sul é um país repartido socialmente. As normas conservadoras da sociedade coreana ainda se observam hoje em dia, o que pode originar problemas de entendimento entre locais e visitantes. Em regra, as gerações mais velhas podem ser considerados desrespeitosos, segundo o nosso ponto de vista. Encontrões no metro e autocarro, portas a serem fechadas em cima da pessoa seguinte, cuspidelas para o chão em público, olhares “discriminatórios” têm de ser considerados normais numa visita ao país;
- A cozinha coreana é uma das mais interessantes descobertas numa viagem ao país. Influenciada pelos sabores orientais, com ligações à gastronomia chinesa e japonesa, a mistura torna-se única e deliciosa. É obrigatório provar o kimchi, o Korean BBQ, o bulgogi, o bibimbap, o jajangmyeon, entre tantos outros. Acima de tudo, na Coreia do Sul, a refeição é uma experiência multi-sensorial, com os tradicionais múltiplos pratos, cores e sabores;
- O inglês não é falado pela grande maioria da população, no entanto a comunicação nos principais pontos turísticos ocorre sem problemas. Em áreas com grande volume de turistas, há, normalmente, pessoas de coletes vermelhos encarregues de fornecer informações e ajudar estrangeiros;